Espíritas e espiritualistas não podem negar a ação da espiritualidade inferior para tentar fazer com que a luz não chegue àqueles que procuram a libertação de suas inferioridades espirituais através do estudo e da prática dos preceitos do Bem.
Muitas vezes Chico tem afirmado que, como médium e como espírito imperfeito em processo de regeneração através da reencarnação, nunca esteve isento do ataque das sombras, pois jamais o médium das Alterosas se considerou uma pessoa diferente, com privilégios.
Para nossas reflexões, tomamos a liberdade de transcrever em nosso trabalho simples, uma revelação que Chico Xavier fez a Carlos Antônio Baccelli e à sua digna esposa, Dona Márcia Baccelli, conforme registra o maravilhoso livro de Baccelli "CHICO XAVIER - MEDIUNIDADE E VIDA", página 80:
"... esse meu olho esquerdo adoeceu numa noite de 1931, quando eu estava recebendo as poesias do "Parnaso de Além-Túmulo" e Emmanuel havia chegado recentemente à minha vida mediúnica. Havia acabado de receber uma poesia do vate fluminense Casimiro de Abreu. Os ponteiros do relógio mostravam pouco mais de alguns minutos, uns 10 a 12 minutos, mais ou menos, para as duas horas da madrugada. Eu estava a sós na sala maior da casa em que morávamos, quando senti que meu olho esquerdo parecia incomodado com alguns fragmentos de areia. Esfreguei-o numa tentativa de me libertar da possível areia que me preocupava, mas a coceira no olho continuou. Experimentei fixar a luz elétrica com o meu olho direito e a visão estava perfeita, mas quando fechei o olho direito e procurei fitar a luz com o olho esquerdo, não mais vi a lâmpada acesa e sim um foco difuso, parecendo que o órgão fora colhido por uma neblina grossa. Fiquei assustado e me entreguei a oração.
Nesse tempo, o Dr. Bezerra de Menezes já me prestava a caridade de abençoada assistência. Ele me apareceu, tateou o olho e disse: "- O Olho amoleceu em vista de causa que não podemos saber agora. Prepare-se para ir ao tratamento em Belo Horizonte, para que sua família não diga que você ficou sem tratamento por nossa causa."
Daí a dois dias um amigo me levou a Belo Horizonte e o oculista confirmou a palavra do Dr. Bezerra de Menezes: "- O olho amoleceu, isso é um tipo de catarata obscura e inoperável".
Para dar fim ao caso, pergunto a você e à Márcia, conforme a indagação que faço, desde alguns anos, a mim mesmo: Não seria tudo aquilo o resultado de alguma agressão de falanges das trevas, procurando impor-me a cegueira para que a tarefa do livro espírita-cristão não permanecesse em minhas mãos? Deixe a pergunta no ar para meditarmos. O que sei é que há quase 55 anos (isso era 1986), devo medicar diariamente o olho doente, com colírios à base de cortisona e cloranfenicol, cujas doses, nas crises, os médicos que me tratam determinam.
Mas tudo está bem e conto a vocês dois para nossos estudos."
DO LIVRO: Chico Xavier - O Homem, o Médium, o Missionário
Nenhum comentário:
Postar um comentário