Durante o repouso físico, nossos Espíritos procuram ou são levados aos ambientes com os quais se mantenham afinizados, junto de entidades que comungam das mesmas inclinações e desejos.
Se somos dotados de sentimentos nobres, buscaremos ou seremos levados a lugares tais. Se somos envolvidos por sentimentos inferiores, encontraremos os lugares igualmente inferiorizados que nos recebem como convidados e nos quais teremos sempre a companhia adequada ao que buscamos.
E não faltam, nas regiões astrais, nas dimensões espirituais que renteiam a superfície da Terra, os ambientes degenerados nos quais os Espíritos de igual teor se permitem as mesmas emoções baixas dos mais baixos níveis da animalidade irracional.
Tanto quanto a Terra está povoada de lugares conhecidos como boates ou “inferninhos”, nome sugestivo que se refere ao tipo de vibrações ali desenvolvidas, o ambiente que lhe é imediatamente sucessivo na dimensão fluídica do mundo invisível também guarda extrema similaridade aos mais inferiores ideais do ser humano, não faltando, também, as correspondentes boates e “inferninhos”, sempre visitados por criaturas ainda mais degeneradas do que aquelas que frequentam tais lugares na Terra.
Nos ambientes da dimensão vibratória inferior, as almas que para lá são atraídas ou que os buscam como exercício do prazer viciado, se apresentam conforme o estado de desequilíbrio mental e emocional, o que as transforma, muitas vezes, em seres grotescos e deformados, exalando atmosfera pestilenta que produziria sensações de repulsa no mais vicioso dos frequentadores encarnados desse tipo de diversão nas noites da Terra.
Boa parte das entidades, no entanto, vivendo na atmosfera mental que lhes é própria, cristalizada nas formas-pensamento com as quais se vê a si mesma, não se incomoda com os que lhe são circunstantes, uma vez que se trata de seres hipnotizados pelos vícios, sendo-lhes suficiente a imagem mental que fazem, muitos deles incapazes de se verem na expressão real de suas formas degeneradas.
Ficam no mesmo ambiente e, às vezes, sequer se percebem ou se enxergam, buscando fixarem-se apenas na companhia daquele entes que levaram consigo até ali para os momentos de envolvimento íntimo e licenciosidade, os homens e mulheres encarnados que se acham projetados no mundo espiritual por causa do sono físico.
E nesses ambientes permissivos, desenvolvem-se os processos de hipnose viciosa, de interferência na vontade, de desenvolvimento de tendências sexuais conflitantes, de desajustamentos íntimos, de quedas morais, de traições afetivas, sempre tendo como motivação, a prática da sexualidade promíscua, a infelicidade afetiva, a carência, a cobiça, a sensualidade dos pensamentos, a vaidade, com a finalidade da simples aventura ou visando a produção das reações estranhas quando o encarnado regresse ao corpo carnal, ao amanhecer de um novo dia.
Se cada um dos leitores tivesse ideia do que pode lhes acontecer durante uma noite de sono mal preparada, a maioria certamente se recusaria a dormir, preferindo levar uma vida de zumbis a arriscar-se nas aventuras assustadoras quando o padrão de pensamentos e sentimentos de nosso Espírito se sintoniza com as baixas camadas vibratórias do mundo.
Estas notícias têm a finalidade de informar que, se cada um desejar outro tipo de ambiente, bastará acessar os mecanismos internos de uma vida elevada, vivenciada nas vinte e quatro horas de cada dia e, certamente, outra será a receptividade que cada um de nós terá ao despertarmos espiritualmente do lado de lá, durante o sono físico.
Saber disciplinar-se é o grande segredo para melhor viver todas as experiências da vida. Conhecer as leis do Espírito representa a sábia escolha para aqueles que não queiram se assustar com a surpresa estarrecedora que terão ao abrirem os olhos do Espírito e terem que gritar, assustados:
- COMO É QUE EU VIM PARAR AQUI?
Livro Despedindo-se da Terra, cap. 8, Espírito Lúcius – psicografia de André Luiz Ruiz.
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